A tuberculose, doença infecciosa que mais causa óbitos no mundo, foi tema de um estudo recentemente publicado na revista inglesa The Lancet, uma das mais prestigiadas na área de saúde pública. A pesquisa conta com a autoria da professora Anete Trajman, docente do Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica (PPGCM) da Faculdade de Medicina da UFRJ, e de outros pesquisadores internacionais.
O estudo destaca a gravidade da tuberculose, que supera a Covid-19, malária e HIV em número de mortes. A transmissão ocorre pelo ar, tornando qualquer pessoa suscetível à infecção, com maior risco em ambientes de alta incidência. Fatores como desnutrição, imunossupressão, tabagismo, consumo de álcool e diabetes aumentam a probabilidade de progressão da doença.
Embora os principais sintomas incluam tosse, febre e perda de peso, a tuberculose pode ser assintomática, o que exige uma abordagem diagnóstica criteriosa. O diagnóstico precoce pode ser feito por exames de escarro, preferencialmente com testes moleculares rápidos, e exames de imagem, como a radiografia de tórax.
O tratamento-padrão dura, em geral, seis meses, mas pode se estender em casos de resistência medicamentosa. O estudo ressalta a importância de um cuidado centrado na pessoa, abordando fatores determinantes da doença, como a desnutrição e o tabagismo, além do manejo de comorbidades como diabetes e HIV. Mesmo após o tratamento, o acompanhamento dos pacientes continua essencial, devido às sequelas a longo prazo.
No âmbito da prevenção, a pesquisa enfatiza a necessidade de tratamentos com rifamicinas e aponta a limitada eficácia das vacinas atualmente disponíveis. O estudo também reforça a importância da continuidade das pesquisas para desenvolver regimes terapêuticos mais curtos e seguros, bem como métodos diagnósticos mais simples e precisos, avanços fundamentais para a erradicação da tuberculose.
A publicação do estudo na The Lancet representa uma grande conquista para a Faculdade de Medicina/UFRJ, reforçando sua contribuição para a ciência global e a luta contra a tuberculose.
Parabenizamos a professora Anete Trajman e toda a equipe de pesquisadores envolvidos nesta relevante pesquisa.
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